ECONOMIA – Governo autoriza compra de arroz estrangeiro para garantir abastecimento nacional em meio a inundações no Rio Grande do Sul.


Uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o governo federal a comprar até uma tonelada de arroz estrangeiro para garantir o abastecimento em todo o país, devido aos impactos do fenômeno climático que atinge o Rio Grande do Sul. O estado, responsável por 70% da produção de arroz consumido no Brasil, está sofrendo com inundações que afetam a produção do cereal.

Para viabilizar essa ação, foram disponibilizados R$ 7,2 bilhões para a compra do arroz, com um preço tabelado em R$ 4 por quilo. O objetivo é assegurar que o alimento chegue diretamente aos consumidores, garantindo o abastecimento alimentar em todo o território nacional. A compra será realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância dessa medida para garantir a segurança alimentar da população brasileira. Segundo ele, essa é uma ação crucial para enfrentar os desafios impostos pelo cenário atual.

No entanto, há contestações em relação à necessidade da importação. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou dados que indicam que a safra de arroz do Rio Grande do Sul, apesar das perdas decorrentes das enchentes, deve se manter em torno de 7,1 milhões de toneladas, próximo ao volume registrado na temporada anterior.

Rodrigo Machado, presidente do Irga, explicou que mesmo com as adversidades causadas pelas inundações, a produção de arroz gaúcha é suficiente para abastecer o mercado brasileiro. Ele ressaltou que as perdas foram parciais e que a safra atual deve suprir a demanda nacional, não havendo a necessidade de importar o grão.

Essa controvérsia coloca em discussão a eficácia e a real necessidade da compra de arroz estrangeiro pelo governo federal, levantando questões sobre a gestão do abastecimento alimentar no país e a importância de valorizar e fortalecer a produção nacional.

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