Entre os principais bancos multilaterais de desenvolvimento beneficiados por essas reformas estão o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do Brics. O plano de reformas, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se baseia em três pilares fundamentais: aprimoramento da eficiência operacional, aumento da capacidade financeira e fortalecimento da coesão e eficácia dessas instituições financeiras.
Durante um discurso durante o jantar dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, em Washington, Haddad ressaltou a importância de os bancos multilaterais se adaptarem às constantes mudanças no cenário global de desenvolvimento. Para ele, é essencial fortalecer o apoio a financiamentos liderados pelos países, agilizar os fluxos de projetos e promover a inovação.
O ministro destacou que o documento aprovado foi fruto de um consenso entre os membros do G20 e teve início com a presidência anterior do grupo, ocupada pela Índia. Ele enfatizou a importância da transformação dos bancos multilaterais em instituições capazes de atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas.
Além disso, o plano inclui medidas como a proteção cambial para países em desenvolvimento, incentivando financiamentos em moedas locais e aumentando os recursos privados para investimentos em desenvolvimento sustentável. Haddad salientou que o roteiro foi desenvolvido com a contribuição de especialistas, sociedade civil e os próprios bancos multilaterais de desenvolvimento.
O ministro continuará em Washington para participar de reuniões importantes, como a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, além de eventos relacionados ao Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, incluindo uma reunião da Força-Tarefa de Mobilização Global contra as Mudanças Climáticas. A viagem também contemplará uma reunião restrita do FMI com ministros de Finanças, na qual serão apresentados cenários econômicos globais.