Os transtornos não se limitaram apenas à falta de energia. Logo no início da manhã, os semáforos desligados causaram engarrafamentos em diversos bairros da capital cearense, afetando o trânsito e gerando desconforto aos motoristas.
De acordo com a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia no Ceará, a interrupção foi provocada pelo desarme da linha de transmissão da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras. Segundo a Enel, o sistema foi desligado devido à oscilação da rede.
Em nota à Agência Brasil, a Eletrobras declarou que a falha ocorreu na parte da linha compartilhada que pertence à Enel. A companhia enfatizou que o problema ocorreu no setor de 69kV, que é sob responsabilidade da Enel Ceará.
Vale ressaltar que esse não é o primeiro apagão que atinge Fortaleza e grande parte do país recentemente. Na semana passada, um apagão também afetou os moradores da capital cearense. Segundo apurações preliminares, a falha ocorreu em uma linha localizada em Quixadá, também no Ceará, de responsabilidade da Chesf.
Em relação a esse incidente, a Enel Distribuição Ceará esclareceu que, após o desarme na linha da empresa transmissora que atende o Ceará, também identificou um desligamento em sua própria linha de transmissão de 69 KV, causando interrupção no fornecimento de energia para alguns clientes nas regiões metropolitanas e em Fortaleza. A empresa informou que o restabelecimento da energia ocorreu de forma gradativa em pouco mais de uma hora.
Por sua vez, a Eletrobras afirmou que o desligamento teve origem em um defeito na subestação Pici II, setor sob responsabilidade da Enel Ceará. A subestação é compartilhada entre a Eletrobras Chesf e a distribuidora Enel Ceará, sendo que o setor de 69kV é responsabilidade da Enel Ceará. Após o desligamento, a Eletrobras Chesf disponibilizou seus ativos ao Operador Nacional do Sistema, restabelecendo o setor de 230kV após autorização da Enel Ceará.
Ainda não há maiores informações sobre as consequências desse apagão e se haverá algum tipo de compensação para os consumidores afetados. Fica evidente a necessidade de uma investigação mais detalhada para apurar a dinâmica dos eventos e evitar que novos apagões ocorram no futuro.