O superávit primário, que representa a economia de recursos do governo para pagar os juros da dívida pública, é uma meta estabelecida pelo governo brasileiro para 2024 e 2025, com a intenção de obter um déficit zero. No entanto, as projeções do FMI apontam que essas metas não serão atingidas, prevendo um déficit primário de 0,5% do PIB em 2024, 0,7% do PIB em 2025 e 0,6% do PIB em 2026, antes de finalmente alcançar um superávit primário de 0,1% do PIB em 2027.
O relatório também revelou que as projeções para a dívida pública bruta do Brasil são igualmente preocupantes. O FMI estima um aumento significativo desse indicador, passando de 84,7% do PIB em 2023 para 87,6% do PIB em 2024, chegando a 97,6% do PIB em 2029. Esses números representam um desafio para a sustentabilidade das contas públicas e a solvência do país.
Diante desse cenário, o FMI recomendou a adoção de medidas urgentes de ajuste, incluindo a necessidade de aumentar a arrecadação para financiar o desenvolvimento sustentável e combater a pobreza. Além disso, o Fundo Monetário destacou a importância de racionalizar as isenções fiscais no Brasil, juntamente com o Egito e o Quirguistão, como forma de melhorar a situação fiscal desses países.
Essas projeções do FMI refletem a gravidade da situação econômica do Brasil e a necessidade de ações rápidas e efetivas por parte do governo para reverter esse quadro desafiador. O país enfrenta um cenário de incertezas e desafios fiscais que exigem medidas assertivas e abrangentes para garantir a estabilidade financeira e o crescimento sustentável.