A preocupação da Febraban é com o endividamento causado pelas apostas eletrônicas e jogos de azar online. Neste sentido, o presidente da entidade defende a suspensão do uso do Pix como forma de pagamento para as apostas, até que uma regulamentação definitiva seja estabelecida em janeiro. Ele também sugere a imposição de limites nos repasses dos apostadores para as apostas virtuais.
A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) tomou uma medida semelhante, antecipando a proibição do uso de cartão de crédito para pagar apostas virtuais. No entanto, os dados mostram que a maioria dos pagamentos para as bets é realizada por meio do Pix, com estimativas variando entre 85% e 99%.
A Febraban destaca que a proposta de proibir as transferências via Pix para as bets é uma opinião pessoal do presidente da entidade, mas ressalta que a questão já foi discutida entre os bancos. A entidade enfatiza que o foco é encontrar estratégias para evitar o aumento do endividamento das famílias devido às apostas online.
A reunião entre Febraban e o ministro da Fazenda não resultou em decisões concretas, mas indica a preocupação do setor financeiro com as consequências das apostas virtuais. A proposta de uma força-tarefa multissetorial reflete o desejo de uma análise abrangente dos impactos dessas atividades na economia e na sociedade.