ECONOMIA – Expectativa de redução da taxa Selic para 12,25% ao ano na próxima reunião do Copom



Na próxima quarta-feira, dia 1º de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) irá definir a taxa básica de juros, conhecida como Selic. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo BC com analistas de mercado, a expectativa é que a taxa seja reduzida de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano.

Caso essa expectativa se concretize, será o terceiro corte realizado desde agosto, quando o BC interrompeu o ciclo de aumento dos juros. No entanto, a alta da inflação no segundo semestre, embora esperada por economistas, levou o Copom a adotar uma postura mais conservadora na definição da taxa.

Desde o início do segundo semestre, os membros do Copom já previam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões da segunda metade do ano. Segundo a ata do último encontro, realizado em setembro, o órgão considera esse ritmo de cortes adequado para manter a política monetária contracionista necessária para controlar a inflação.

A expectativa do mercado financeiro é que a taxa Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para esse ano é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo o BC, há 67% de chance de que o índice oficial de inflação supere o teto da meta em 2023.

No mês de setembro, o aumento no preço da gasolina contribuiu para a alta da inflação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,26%, acima da taxa de agosto, que registrou alta de 0,23%. No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, e nos últimos 12 meses, o índice está em 5,19%.

Diante das incertezas nos mercados e das expectativas de inflação acima da meta, o Copom reforçou a necessidade de manter uma política monetária contracionista para consolidar a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025. O ciclo de aperto monetário iniciado em março de 2021 e encerrado em agosto de 2022 teve como objetivo controlar os preços de alimentos, energia e combustíveis.

A taxa básica de juros, além de balizar as negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), serve como referência para outras taxas da economia. É o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle. Quando a taxa é elevada, busca-se conter a demanda aquecida, o que encarece o crédito e estimula a poupança. Já quando a taxa é reduzida, o crédito fica mais barato, o que incentiva a produção e o consumo, estimulando a atividade econômica.

O Copom realiza suas reuniões a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são realizadas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia brasileira e mundial, além do comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do comitê analisam as possibilidades e definem a taxa Selic.

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