Barbosa ressalta a importância de incorporar esses cálculos de risco climático nas políticas fiscais de diversos países, justificando assim a alocação de recursos para a prevenção de desastres. Ele destaca que a transição climática é uma realidade que demanda mudanças na forma como a política fiscal é elaborada, indo além do aspecto financeiro das metas do ano.
A discussão sobre financiamento climático foi o tema central de uma reunião realizada na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira. O encontro fez parte dos esforços da presidência brasileira do G20 e contou com a participação de representantes de diversas instituições, como o Ministério da Economia e o Instituto Clima e Sociedade (iCS).
Maria Netto, diretora executiva do iCS, destacou a necessidade de considerar cenários futuros ao lidar com riscos climáticos, mencionando a importância de novas construções mais resilientes em regiões propensas a eventos extremos. A reunião também abordou a questão dos bancos de desenvolvimento e a necessidade de reformas para garantir investimentos adequados em projetos sustentáveis.
O presidente da FiCS, Rémy Rioux, enfatizou a importância dos bancos nacionais de desenvolvimento no financiamento de projetos de qualidade e na transição energética. A troca de experiências entre os países tem sido considerada fundamental para o aprimoramento das plataformas de investimento e a promoção de projetos sustentáveis.
O FiCS, criado em 2020, tem como objetivo fomentar a cooperação entre os bancos públicos de desenvolvimento em nível nacional e internacional. A necessidade de atrair investimentos públicos e privados para cumprir as metas do Acordo de Paris foi destacada como um desafio a ser enfrentado pelas instituições envolvidas no debate climático.
Em meio a essas discussões, a presidência brasileira do G20 busca promover a reforma dos bancos de desenvolvimento internacionais e dos fundos verdes, visando uma maior sustentabilidade e resiliência nos investimentos. A Cúpula do G20 está prevista para acontecer no Rio de Janeiro em novembro de 2024, destacando a importância do Brasil como protagonista na agenda climática global.