ECONOMIA – Estudo do BNDES aponta que investimento em prevenção de desastres climáticos pode gerar economia de até R$ 15 bilhões



Os riscos relacionados aos eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais relevantes no cenário da política fiscal, de acordo com Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Estima-se que, segundo um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), cada real investido em prevenção pode resultar em uma economia de até quinze reais em medidas de recuperação após um desastre.

Barbosa ressalta a importância de incorporar esses cálculos de risco climático nas políticas fiscais de diversos países, justificando assim a alocação de recursos para a prevenção de desastres. Ele destaca que a transição climática é uma realidade que demanda mudanças na forma como a política fiscal é elaborada, indo além do aspecto financeiro das metas do ano.

A discussão sobre financiamento climático foi o tema central de uma reunião realizada na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira. O encontro fez parte dos esforços da presidência brasileira do G20 e contou com a participação de representantes de diversas instituições, como o Ministério da Economia e o Instituto Clima e Sociedade (iCS).

Maria Netto, diretora executiva do iCS, destacou a necessidade de considerar cenários futuros ao lidar com riscos climáticos, mencionando a importância de novas construções mais resilientes em regiões propensas a eventos extremos. A reunião também abordou a questão dos bancos de desenvolvimento e a necessidade de reformas para garantir investimentos adequados em projetos sustentáveis.

O presidente da FiCS, Rémy Rioux, enfatizou a importância dos bancos nacionais de desenvolvimento no financiamento de projetos de qualidade e na transição energética. A troca de experiências entre os países tem sido considerada fundamental para o aprimoramento das plataformas de investimento e a promoção de projetos sustentáveis.

O FiCS, criado em 2020, tem como objetivo fomentar a cooperação entre os bancos públicos de desenvolvimento em nível nacional e internacional. A necessidade de atrair investimentos públicos e privados para cumprir as metas do Acordo de Paris foi destacada como um desafio a ser enfrentado pelas instituições envolvidas no debate climático.

Em meio a essas discussões, a presidência brasileira do G20 busca promover a reforma dos bancos de desenvolvimento internacionais e dos fundos verdes, visando uma maior sustentabilidade e resiliência nos investimentos. A Cúpula do G20 está prevista para acontecer no Rio de Janeiro em novembro de 2024, destacando a importância do Brasil como protagonista na agenda climática global.

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