Essa redução na atividade econômica do Rio Grande do Sul representou a maior queda desde o início da divulgação do indicador em 2002. Além disso, o desempenho do estado impactou negativamente na Região Sul como um todo, que registrou um recuo de 3,3% na atividade econômica em comparação com o mês anterior. Apesar disso, houve um crescimento de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado, nos dados sem ajuste.
Ao analisar as diferentes regiões do país, observa-se que o Centro-Oeste foi a que teve o melhor desempenho em maio, com um crescimento de 2,2% motivado pela safra. O Sudeste também apresentou uma expansão de 0,4%, enquanto o Norte e o Nordeste tiveram uma redução de 0,3% e 1%, respectivamente. Em relação ao mesmo período do ano passado, todas as regiões apresentaram crescimento, especialmente o Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) foi um dos primeiros indicadores a demonstrar o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul. Este indicador funciona como uma versão regional do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que estima o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Outro dado relevante foi a queda de R$ 4,4 bilhões na arrecadação de tributos federais no estado em maio, devido ao adiamento do pagamento de diversos impostos. Em relação a outros estados, o Banco Central divulga o desempenho apenas de 13 regiões, com destaque para os maiores crescimentos registrados no Pará, Ceará e Espírito Santo, e os principais recuos em Santa Catarina e Minas Gerais.
Portanto, houve impactos significativos na economia do Rio Grande do Sul após as enchentes, resultando em uma queda expressiva na atividade econômica do estado, conforme apurou o Banco Central. A situação econômica nessa região demandará medidas e planejamentos específicos para a sua recuperação.