A Oxfam ressalta que as emissões dessa parcela serão suficientes para ocasionar a morte de 1,3 milhão de pessoas relacionadas ao calor de 2020 a 2100. A diretora-executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, afirma que é inaceitável que o 1% mais rico continue liderando o mundo em um caminho de colapso planetário, enquanto a maioria da população sofre com os impactos das mudanças climáticas.
A organização argumenta que a tributação dos super-ricos, investimento em serviços públicos e o cumprimento das metas climáticas são essenciais para enfrentar a crise climática. De acordo com a Oxfam, um imposto de 60% sobre a renda do 1% mais rico do mundo arrecadaria US$ 6,4 trilhões, recursos que poderiam ser utilizados para enfrentar as mudanças climáticas e as desigualdades.
Além disso, o relatório faz recomendações para combater os danos decorrentes das mudanças climáticas, incluindo o aumento radical da igualdade por meio de políticas governamentais e uma transição rápida e justa para longe dos combustíveis fósseis. A Oxfam defende uma nova dinâmica para o sistema econômico atual, desvinculada do crescimento econômico, extração e consumo excessivos.
O lançamento do relatório acontece perto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, a COP28, em Dubai, que ocorrerá de 30 de novembro a 12 de dezembro. A organização ressalta a importância de medidas urgentes e eficazes para enfrentar a crise climática e diminuir as desigualdades globais.