A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, apontou que o motivo para a retração da economia pelo segundo mês consecutivo foi a estagnação da indústria e a retração dos serviços. A agropecuária foi a única grande atividade econômica que registrou evolução na comparação entre agosto e julho.
Por outro lado, em relação à demanda, houve avanço na maioria dos componentes. No entanto, as exportações líquidas negativas superaram esse crescimento, impactando no resultado final do PIB em agosto. O comportamento das exportações de produtos agropecuários e da extrativa mineral teve uma contribuição menor no trimestre encerrado em agosto, em comparação com o ano anterior.
O consumo das famílias mostrou aumento nos diferentes tipos, com destaque para o setor de serviços. Além disso, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve um avanço significativo, com máquinas e equipamentos se destacando. As importações também registraram crescimento em todos os tipos, com a elevação mais expressiva nos bens intermediários.
O Monitor do PIB-FGV estimou que o PIB acumulado até julho de 2024 atingiu R$ 7,570 trilhões em valores correntes. A taxa de investimento em agosto ficou em 18,1%, acima das médias dos últimos anos. Esse indicador é uma referência mensal do PIB brasileiro, baseado na metodologia das Contas Nacionais do IBGE e incorpora diversas informações para realizar os cálculos.