Em 2024, todos os setores da economia apresentaram crescimento, com exceção da agropecuária, que foi o destaque em 2023. A indústria, os serviços e o consumo das famílias tiveram resultados ainda melhores em 2024 do que em 2023, segundo a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa. Com esse desempenho, o Brasil alcança o quarto ano consecutivo de crescimento econômico, após uma queda de 3,3% em 2020 e uma expansão de 3,2% em 2023.
O consumo das famílias teve um aumento de 5,2% em 2024, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 7,6% e as exportações tiveram um incremento de 3,7%. Por outro lado, as importações aumentaram em 14,3%, o que impacta negativamente no PIB, pois representa bens e serviços que deixam de ser produzidos internamente.
O PIB brasileiro atingiu R$ 11,655 trilhões em 2024, o maior número da série histórica. O PIB per capita foi de R$ 56.796, também o maior já registrado. Contudo, a produtividade da economia teve uma leve queda em relação a 2023, e a taxa de investimentos ficou em 17,2%.
Para o próximo ano, a economista Juliana Trece aponta desafios, como os juros elevados, que impactam negativamente os investimentos, e as novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que podem afetar as exportações brasileiras. Além disso, o Brasil enfrenta um cenário de alta inflação, o que levou o Comitê de Política Monetária a prever novos aumentos da taxa básica de juros. A situação é acompanhada de perto pelo Banco Central, que divulgou o Índice de Atividade Econômica nesta segunda-feira. O resultado oficial do PIB de 2024 será conhecido em março, pelo IBGE.