Por volta das 14h, o dólar chegou a ser vendido acima de R$ 5, mas desacelerou durante a tarde. Com isso, a moeda fechou no maior valor do ano e acumula alta de 1,16% em fevereiro. Já o índice Ibovespa fechou aos 128.217 pontos, com uma queda de 1,33%. A influência veio da expectativa de que o Banco Central não corte a taxa Selic mais do que o ritmo de 0,5 ponto percentual por reunião até maio.
A alta do dólar também teve repercussão internacional, uma vez que os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos totalizaram 218 mil na semana passada, ficando levemente abaixo da expectativa. Isso fez com que a moeda subisse em todo o mundo, o que reduz as chances de o Federal Reserve, o Banco Central americano, começar a reduzir os juros básicos da maior economia do planeta no primeiro semestre.
A pressão sobre a inflação no Brasil também contribuiu para a queda na bolsa de valores. Mesmo com uma desaceleração em relação a dezembro, a inflação de 0,42% em janeiro ficou acima do esperado, devido ao aumento nos preços de alimentos e combustíveis. Esse cenário reduz as chances de o Banco Central brasileiro continuar a reduzir a taxa Selic após maio, uma vez que juros altos desestimulam aplicações na bolsa de valores.
Portanto, o mercado financeiro enfrentou turbulências devido a uma série de fatores econômicos tanto no cenário nacional quanto internacional. A agitação nos índices financeiros indica um período de instabilidade e incertezas nos mercados, que devem ser acompanhados de perto pelos investidores e analistas.