O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,698, com um aumento de R$ 0,039 (+0,68%). Apesar de começar o dia em baixa, a cotação da moeda norte-americana mudou de direção e passou a registrar alta logo nas primeiras horas de negociação. No ponto mais alto do dia, por volta das 16h40, o dólar alcançou R$ 5,70, o que representa o maior valor desde o início do mês de agosto, quando atingiu R$ 5,74.
Em outubro, o dólar acumula uma alta de R$ 0,25 (+4,61%) e já subiu 17,41% no decorrer deste ano. No mercado de ações, o índice Ibovespa fechou o dia em 130.499 pontos, registrando uma queda de 0,22%. Mesmo apresentando um aumento de 0,71% no início do dia, o indicador desacelerou e entrou em terreno negativo ainda nas primeiras horas de negociação, influenciado pela queda no preço do petróleo no mercado mundial e pelas ações de empresas ligadas ao consumo, frente às expectativas de aumento da taxa de juros.
Os fatores internos foram mais impactantes no cenário atual do que acontecimentos internacionais. A valorização do dólar diante das principais moedas de países emergentes foi amenizada após a divulgação de que o crescimento econômico da China no terceiro trimestre superou levemente as expectativas.
No âmbito nacional, o dólar e a bolsa foram pressionados pela insegurança dos investidores em relação ao aumento dos gastos públicos. O governo enviou projetos ao Congresso que excluem receitas de estatais do Orçamento Federal e destinam recursos para socorrer empresas do setor aéreo. Apesar das indicações de um possível pacote de corte de gastos obrigatórios, anunciado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os investidores ainda permanecem apreensivos.
Em resumo, o panorama do mercado financeiro segue incerto, com oscilações significativas no dólar e na Bolsa de Valores, refletindo a conjuntura econômica atual e as expectativas dos investidores.