Analistas do mercado financeiro relacionaram a alta do dólar com o anúncio do governo de isentar do Imposto de Renda os indivíduos que recebem até R$ 5 mil por mês, e também de taxar em 10% aqueles que ganham acima de R$ 50 mil. O diretor executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI) e professor de economia, André Roncaglia, destacou que a reação negativa do mercado se deve à incerteza em relação à tributação dos mais ricos, que atualmente não pagam impostos sobre dividendos.
O economista César Bergo, da Universidade de Brasília (UnB), apontou que o mercado exagerou na reação, visto que as propostas de isenção do Imposto de Renda só serão discutidas em 2025 e possivelmente entrarão em vigor em 2026. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que as reformas tributárias em debate têm o objetivo de serem fisicamente neutras, ou seja, o que for isentado de um lado será compensado do outro.
Além disso, Pacheco destacou a importância do apoio do Congresso Nacional às medidas de controle de gastos, que visam reduzir despesas em cerca de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e até R$ 327 bilhões em cinco anos. O presidente do Senado ressaltou que tais medidas são fundamentais para garantir a responsabilidade fiscal do país, representando o início de uma jornada nesse sentido.