O mercado financeiro foi influenciado por diversos fatores, incluindo a instabilidade tanto interna quanto externa. A disparada do dólar ao longo do dia foi impulsionada pela queda no preço de commodities, bens primários com cotação internacional, como petróleo, ferro e soja. Essa redução nos preços afetou as exportações brasileiras, diminuindo a entrada de dólares no país e pressionando a valorização da moeda estrangeira.
A desvalorização do real frente ao dólar tem sido uma tendência nas últimas semanas, com a divisa acumulando uma alta de 8,9% em 2024. Além disso, o índice Ibovespa, da B3, fechou em queda, atingindo os 121.802 pontos, o que representa o menor nível desde novembro do ano passado.
No cenário doméstico, a divulgação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,8% no primeiro trimestre inicialmente trouxe otimismo aos investidores. No entanto, as incertezas em relação às possíveis alterações no projeto de compensação da desoneração da folha de pagamento no Congresso geraram pressão no mercado. A medida, que limita o uso de compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), busca arrecadar R$ 29,2 bilhões.
O mercado financeiro segue volátil, com os investidores atentos aos desdobramentos político-econômicos tanto no cenário nacional quanto internacional. A expectativa é que as próximas semanas sejam marcadas por intensas negociações e oscilações nas cotações do dólar e na bolsa de valores.
