O plano estabelece metas para a dívida pública neste ano, buscando diminuir a fatia de títulos prefixados e aumentar a participação dos papéis corrigidos pela taxa Selic. A ideia é atrair os investidores para os títulos vinculados à Selic, que estão em seu nível mais alto em quase dois anos.
De acordo com o documento, a parcela da DPF vinculada à Selic deve encerrar o ano na faixa de 48% a 52%, enquanto a dos títulos prefixados deverá permanecer entre 22% e 26%. A participação da dívida pública corrigida por índices de preços ficará entre 25% e 29%, enquanto a correção pelo câmbio deverá encerrar o ano entre 3% e 7%.
No que se refere à composição da dívida, em 2024 houve um aumento significativo de títulos corrigidos pela Selic, impulsionado pela alta da taxa Selic, que chegou a atrair mais investidores para esses papéis. Por outro lado, a participação dos títulos prefixados caiu, assim como a fatia de títulos corrigidos pela inflação.
Além disso, o Plano Anual de Financiamento abre margem para aumentar o prazo da DPF, com estimativas apontando que o prazo médio poderá ficar entre 3,8 e 4,2 anos no final de dezembro. O governo também possui mecanismos de segurança para garantir a capacidade de financiamento em momentos de crise econômica.
Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos e captura recursos dos investidores para cumprir seus compromissos, comprometendo-se a devolver os recursos com alguma correção. Com as projeções apresentadas pelo Tesouro Nacional, a gestão da dívida pública em 2025 se mostra desafiadora, requerendo estratégias eficazes para garantir a sustentabilidade financeira do governo.