ECONOMIA – Despesas obrigatórias comprometem quase todo o crescimento dos gastos públicos em 2025, sobrando apenas 8,13% para despesas discricionárias.



O cenário fiscal do Brasil para o próximo ano revela um panorama preocupante, com quase todo o crescimento dos gastos públicos comprometido com despesas obrigatórias. De acordo com o projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso e detalhado recentemente, dos R$ 143,9 bilhões de gastos adicionais previstos, apenas R$ 11,7 bilhões (8,13%) serão destinados a gastos discricionários, como investimentos e novos programas.

A maior parte dos gastos obrigatórios será utilizada para cobrir despesas da Previdência Social, com um montante de R$ 71,1 bilhões. Em segundo lugar, estão os gastos com pessoal, com um aumento de R$ 36,5 bilhões, seguidos pelas despesas obrigatórias com controle de fluxo, que englobam programas sociais e os pisos da saúde e da educação, com um acréscimo de R$ 11,3 bilhões.

Em entrevista, o secretário substituto de Orçamento Federal, Clayton Montes, reconheceu que o espaço para gastos discricionários está limitado e ressaltou a importância de revisar os gastos para otimizar o uso dos recursos disponíveis. Além dos investimentos, os gastos discricionários também englobam despesas com a manutenção dos serviços públicos, como contas de luz, água, internet e material de escritório.

Entre os aumentos de gastos obrigatórios estão o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com R$ 6,6 bilhões, e abono e seguro-desemprego, com R$ 6,5 bilhões. O governo também anunciou medidas para cortar gastos com alguns programas, como Bolsa Família e BPC.

O arcabouço fiscal estabelece limites para o crescimento das despesas federais, com um teto de 2,5% acima da inflação em 2025. Essas medidas visam controlar as despesas públicas e garantir a sustentabilidade fiscal do país no próximo ano. A revisão dos gastos obrigatórios e discricionários é essencial para manter o equilíbrio das contas públicas e assegurar o cumprimento das metas fiscais estabelecidas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo