ECONOMIA – Déficit Primário do Governo Central em 2025 é Revisado para R$ 69,99 Bilhões com Expectativas de Arrecadação em Alta e Redução da Dívida Pública.

A recente atualização das previsões fiscais reveladas pelo governo central mostra uma diminuição no déficit primário para o ano de 2025, que caiu de R$ 72,10 bilhões em julho para R$ 69,99 bilhões em setembro. Esse dado foi trazido à luz no boletim Macrofiscal, da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, e representa o menor patamar desde janeiro de 2024. Vale destacar que o novo montante ainda se posiciona acima do limite inferior da meta de resultado primário, excluindo os pagamentos relacionados a precatórios.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) aponta que essa redução no déficit pode ser atribuída a uma melhora significativa nas expectativas de arrecadação federal, além de um incremento na receita líquida. Com as recentes estimativas, agora se projeta um resultado primário com déficit de R$ 26,3 bilhões para 2025, desconsiderando o custo de precatórios, que totaliza R$ 48,6 bilhões.

Para entender melhor o impacto desse déficit, é importante lembrar que o resultado primário representa a diferença entre receitas e despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem como meta um déficit primário zero, mas com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB. Isso significa que há possibilidade de um déficit de até R$ 31 bilhões, conforme o limite inferior da meta. Com o déficit projetado, existe um intervalo de R$ 4,7 bilhões para atender a essa meta, o que elimina a necessidade de novos contingenciamentos.

Além disso, as instituições do mercado têm expectativas otimistas, prevendo o cumprimento da meta fiscal em 2025. Atualmente, a mediana das previsões para o déficit primário deste ano é de R$ 21,36 bilhões, o que ainda está acima do limite inferior da meta.

Por fim, as expectativas quanto à arrecadação das receitas federais também se mostraram promissoras, com um aumento de R$ 2,87 trilhões para R$ 2,88 trilhões entre julho e setembro de 2025. As estimativas para a receita líquida do Governo Central também subiram, passando de R$ 2,31 trilhões para R$ 2,32 trilhões no mesmo período. Entretanto, as despesas totais do governo se mantiveram constantes em R$ 2,39 trilhões desde junho de 2025. Essa análise previsional ainda aponta uma tendência de redução do déficit primário e do endividamento até 2026, evidenciando uma trajetória de queda na Dívida Bruta do Governo Geral, que deverá passar de 80% para 79,74% do PIB em 2025 e de 84,10% para 83,80% na projeção de 2026.

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