No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o déficit primário do Governo Central já atinge a marca de R$ 77,858 bilhões, um valor 5,2% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Esse indicador, que representa a diferença entre as receitas e os gastos sem considerar os juros da dívida pública, está em linha com a meta estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de déficit zero.
Para tentar equilibrar as contas, o governo oficializou o congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento, sendo R$ 11,2 bilhões bloqueados para cumprir o limite de gastos estabelecido e R$ 3,8 bilhões contingenciados temporariamente. Apesar disso, a arrecadação federal bateu recordes em julho, impulsionada principalmente pelo aumento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Por outro lado, os gastos com a Previdência Social apresentaram uma redução significativa em julho, reflexo da diferença nos calendários de pagamento do décimo terceiro. Enquanto isso, os investimentos do governo em obras públicas e compra de equipamentos totalizaram R$ 44,068 bilhões nos sete primeiros meses do ano, uma alta de 43,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Diante desse cenário, o desempenho das contas públicas continua sendo monitorado de perto, com a perspectiva de uma possível revisão das projeções de déficit primário para o ano, conforme a evolução da economia e das medidas adotadas pelo governo para controlar os gastos e aumentar a arrecadação.