Economia da Zona do Euro encerra 2024 em estado precário, contrai pela segunda vez consecutiva e sinaliza instabilidade no setor de serviços e manufatura.

O final de 2024 trouxe novos desafios para a economia da zona do euro, conforme evidenciado pelos últimos dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Banco Comercial de Hamburgo. Embora o PMI tenha registrado uma leve recuperação, subindo para 49,6 em dezembro, o número ainda se encontra abaixo da linha de neutralidade, que é 50. Isso sugere que a região está enfrentando uma contração econômica, especialmente no setor industrial, que tem sofrido pressões significativas.

Nesse contexto, a atividade econômica europeia evidenciou uma dependência crescente do setor de serviços. Os dados mostram que, apesar de um modesto crescimento nas novas encomendas de serviços, o desempenho do setor industrial foi incapaz de acompanhar, resultando em uma contração sobre a qual analistas expressam preocupações. O índice de novos negócios do setor de serviços, por exemplo, apresentou uma leve melhora, subindo para 50,2 em dezembro, em comparação com 48,1 no mês anterior. Essa recuperação, no entanto, foi vista com cautela, uma vez que a atividade não necessariamente garantirá um crescimento robusto para 2025.

Uma das questões centrais que se impõem à economia da zona do euro é a persistente inflação, que, segundo a presidente do Banco Central Europeu, continua em níveis elevados, especialmente no setor de serviços. Em resposta a isso, o BCE decidiu cortar as taxas de juros pela quarta vez em dezembro, uma medida que visa estimular a atividade econômica. Contudo, essa decisão ocorre em um cenário de instabilidade política e tensões comerciais, particularmente em relação aos Estados Unidos, que podem impactar ainda mais a dinâmica econômica da região.

As previsões são sombrias, com experts alertando para uma possível estagnação se a situação não melhorar rapidamente. A recuperação modesta observada pode não ser suficiente para reverter a corrosão econômica que se estabeleceu no bloco ao longo dos últimos meses, levando a um cenário incerto para o futuro próximo da zona do euro. Enquanto isso, investidores e cidadãos europeus seguem vigilantes em relação aos desdobramentos econômicos, na esperança de que medidas adequadas possam ser implementadas para restaurar a confiança e estimular o crescimento.

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