ECONOMIA – Cortes de Gastos e Reformas Estruturais: Governo Busca Alternativas para Revogar Aumento do IOF em 10 Dias, Afirma Secretário do Tesouro.



Na última quinta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, abordou a complexa questão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em um cenário que demanda reformas estruturais tanto por parte do governo quanto do Congresso Nacional. Na ocasião, ele elogiou a iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que propôs um prazo de dez dias para que fosse encontrada uma solução alternativa ao aumento do imposto, considerado por Ceron como uma “provocação responsável”.

Ceron destacou a importância deste momento, afirmando que se trata de uma “oportunidade histórica” para reavaliar questões fiscais que afetam a economia do país nos próximos anos. O secretário enfatizou que o Congresso se mostrou disposto a construir alternativas e discutir os desafios enfrentados para ancorar a recuperação fiscal. A necessidade de um planejamento que viabilize a geração de receitas foi sublinhada, na busca por evitar retrocessos e garantir que a máquina pública continue sua operação sem interrupções.

Além disso, ele comunicou que, na sexta-feira, o governo publicará um decreto que delineará o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, conforme anunciado anteriormente. Este congelamento, no entanto, não incluirá os R$ 1,4 bilhão recuperados de dois fundos administrados pela Caixa Econômica Federal, que estão destinados a compensar parte da revogação do aumento do IOF. Ceron informou que esses valores estarão disponíveis em até dois meses.

O aumento do IOF visava arrecadar R$ 20,5 bilhões ainda este ano, recurso necessário para evitar um “shutdown” em 2025. Contudo, com a revogação de dois pontos do decreto inicial, essa estimativa caiu para R$ 19,1 bilhões. Ceron ressaltou que o impacto da revogação será menor do que o inicialmente previsto, com uma redução estimada em R$ 1,4 bilhão para este ano e R$ 2,8 bilhões em 2026.

Por fim, Ceron alertou que a revogação total do incremento do IOF, sem a compensação das receitas por meio dos fundos, poderia levar à interrupção de importantes programas como o Minha Casa Minha Vida, com um custo estimado de R$ 12 bilhões até o final do ano, além de compromissos de investimento em defesa, que totalizam R$ 8 bilhões. Ele finalizou, manifestando a necessidade de um diálogo produtivo com o Congresso para a discussão de soluções que garantam a saúde fiscal do Brasil.

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