ECONOMIA – Copom eleva juros para 14,25% ao ano, decisão criticada pelo PT e previsão de ajuste menor para próxima reunião.



O Copom decidir elevar a Taxa Selic para 14,25% ao ano não foi uma surpresa para os especialistas e para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, apenas cumpriu as medidas que haviam sido indicadas desde o final do ano passado. Essa decisão estava alinhada com o guidance que tinha sido estabelecido anteriormente, o qual previa duas elevações de 1 ponto percentual na Selic, uma em janeiro e outra em março.

Na visão do mercado financeiro, o guidance é um indicativo importante das direções que uma empresa ou instituição financeira pretende seguir. No caso do Copom, o comunicado emitido após a reunião de dezembro deixava claro que haveria essas elevações na taxa de juros ao longo dos primeiros meses do ano.

Apesar disso, a decisão do Copom não foi bem recebida por todos. O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, fez críticas severas à medida, alegando que ela traria prejuízos para a economia brasileira e para a questão fiscal do país. Lindbergh é conhecido por ser um crítico dos juros altos e argumentou que cada 1% a mais na taxa básica de juros aumentaria os gastos com juros da dívida em R$ 50 bilhões.

A expectativa agora é pela divulgação da ata do Copom, prevista para a próxima terça-feira, que dará mais detalhes sobre a decisão tomada e as perspectivas futuras. No comunicado emitido após a reunião, o BC já adiantou que há a possibilidade de novas elevações na Selic na próxima reunião em maio, porém em um ritmo mais moderado.

Diante desse cenário de incertezas e críticas, o mercado financeiro e os agentes econômicos permanecem atentos aos próximos passos do Banco Central e às repercussões dessa decisão na economia brasileira.

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