Na visão do mercado financeiro, o guidance é um indicativo importante das direções que uma empresa ou instituição financeira pretende seguir. No caso do Copom, o comunicado emitido após a reunião de dezembro deixava claro que haveria essas elevações na taxa de juros ao longo dos primeiros meses do ano.
Apesar disso, a decisão do Copom não foi bem recebida por todos. O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, fez críticas severas à medida, alegando que ela traria prejuízos para a economia brasileira e para a questão fiscal do país. Lindbergh é conhecido por ser um crítico dos juros altos e argumentou que cada 1% a mais na taxa básica de juros aumentaria os gastos com juros da dívida em R$ 50 bilhões.
A expectativa agora é pela divulgação da ata do Copom, prevista para a próxima terça-feira, que dará mais detalhes sobre a decisão tomada e as perspectivas futuras. No comunicado emitido após a reunião, o BC já adiantou que há a possibilidade de novas elevações na Selic na próxima reunião em maio, porém em um ritmo mais moderado.
Diante desse cenário de incertezas e críticas, o mercado financeiro e os agentes econômicos permanecem atentos aos próximos passos do Banco Central e às repercussões dessa decisão na economia brasileira.