ECONOMIA – Copom decide elevar Selic em meio a pressão da alta do dólar e dos alimentos, última reunião sob comando de Roberto Campos Neto.



O mercado financeiro aguarda com expectativa a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a Selic, que será anunciada nesta quarta-feira (11). Pressionado pela alta do dólar e do preço dos alimentos, o Copom deve aumentar a Selic pela terceira vez consecutiva, segundo a última edição do boletim Focus.

A reunião do Copom será a última sob o comando de Roberto Campos Neto no BC, antes de ele deixar o cargo e dar lugar ao atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. A expectativa é de que a taxa básica seja elevada em 0,75 ponto percentual, alcançando 12% ao ano.

No comunicado da última reunião, o Copom destacou a incerteza nos Estados Unidos e cobrou ajustes dos gastos públicos no cenário doméstico. O texto mencionou a conjuntura econômica incerta nos EUA, o que gera dúvidas sobre os ritmos da desaceleração e da desinflação.

A alta da taxa básica de juros é uma medida adotada para conter a demanda aquecida e controlar a inflação. Com o IPCA acumulando uma alta de 4,87% em 12 meses, acima da meta de 4,5%, o Copom tem o desafio de manter a inflação sob controle.

Além disso, o mercado financeiro aguarda as projeções do próximo Relatório de Inflação do BC, que deve ser divulgado no fim de dezembro. A estimativa é de que a inflação encerre 2024 em 4,31%, mas a alta recente do dólar e o impacto da seca podem afetar essas projeções.

A taxa Selic é um instrumento fundamental para a condução da política monetária e tem reflexos diretos na economia, influenciando tanto os investimentos quanto o consumo. O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros, levando em consideração o cenário econômico doméstico e internacional.

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