No acumulado do ano, no entanto, o setor público consolidado ainda apresenta um déficit primário de R$ 56,678 bilhões. E nos últimos 12 meses, o déficit acumulado chega a R$ 223,521 bilhões, o equivalente a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano passado, o déficit primário fechou em R$ 249,124 bilhões, representando 2,29% do PIB.
Em outubro, o Governo Central teve um superávit primário de R$ 39,150 bilhões, contribuindo majoritariamente para o saldo positivo das contas públicas consolidadas. Os governos estaduais também registraram superávit, enquanto os municipais tiveram resultado negativo. No total, os governos regionais apresentaram um déficit de R$ 1,907 bilhão.
Os gastos com juros tiveram um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 61,947 bilhões para R$ 111,564 bilhões. Esse aumento pode ser explicado pela alta da inflação e pelas operações do Banco Central no mercado de câmbio. O resultado nominal das contas públicas também aumentou na comparação interanual, atingindo um déficit de R$ 74,681 bilhões.
A dívida líquida do setor público alcançou R$ 7,133 trilhões em outubro, representando 62,1% do PIB. Já a dívida bruta do governo geral chegou a R$ 9,031 trilhões, equivalente a 78,6% do PIB. Esses números são importantes indicadores para análises econômicas e de risco feitas por investidores e agências internacionais.