De acordo com a Conab, a diminuição na produção se deve, em grande parte, à demora na regularização das chuvas no início do período de plantio, somada às baixas precipitações durante parte do desenvolvimento das lavouras nos estados do Centro-Oeste, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, São Paulo e Paraná. Outro fator que contribuiu para essa redução foi o excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, especialmente nas lavouras da primeira safra.
Mesmo diante dessas adversidades climáticas, a Conab destaca que a safra 2023/2024 ainda é a segunda maior da série histórica. A área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, representando um aumento de 1,6% em relação à temporada anterior. Já a produtividade média das lavouras registra uma queda de 8,2%, passando de 4.072 quilos por hectare para 3.739 quilos por hectare.
A cultura da soja foi uma das mais afetadas pelo clima adverso, com uma redução de 7,23 milhões de toneladas em relação à safra anterior. O atraso no início das chuvas e as baixas precipitações foram os principais motivos apontados pela Conab. No caso do milho, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram regiões importantes, como Minas Gerais, resultando em uma redução de 12,3% na produção total.
Para o algodão, houve uma ligeira queda na produtividade, mas um aumento significativo na área destinada à cultura, o que resultou em um novo recorde de produção de pluma. Já o arroz e o feijão registraram aumento na produção em relação à safra passada, impulsionados principalmente pelo aumento da área cultivada.
No geral, a safra 2023/2024 apresenta desafios significativos devido às condições climáticas desfavoráveis, impactando a produção de importantes culturas agrícolas no país.