ECONOMIA – CNPE decide aumentar teor de biodiesel e suspender importação, impactando setor de biocombustíveis e reduzindo emissão de CO2.



O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) anunciou na última terça-feira (19) a decisão de aumentar o teor de biodiesel na mistura ao óleo diesel de 12% para 14% a partir de março de 2024, com previsão de aumento para 15% a partir de março de 2025. Essa medida representa uma antecipação em relação ao cronograma anterior, que previa a mistura B14 somente para abril de 2025 e a B15 apenas para 2026.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a expectativa é de que, com essa medida, seja evitada a emissão de 5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, além da redução de cerca de R$ 7,2 bilhões com a importação de diesel fóssil. A decisão foi tomada durante a 42ª reunião ordinária do CNPE, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a ampliação do biodiesel na matriz energética é fundamental para diminuir a dependência do Brasil da importação de óleo diesel, além de contribuir para a descarbonização e estimular a agricultura nacional. Outra decisão tomada pelo CNPE foi a suspensão temporária da importação de biodiesel, revertendo uma medida anterior do governo.

Além disso, o CNPE criou um grupo de trabalho para discutir a possibilidade de aumentar a mistura do álcool anidro na gasolina de 27,30% para 30%. Essa mudança faz parte do Projeto de Lei do Combustível do Futuro, apresentado pelo MME e que está em tramitação no Congresso Nacional.

A decisão do CNPE foi recebida de maneira positiva por diversas entidades ligadas ao setor de biocombustíveis. A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel do Congresso Nacional (FPBio) destacou a importância da antecipação do aumento da mistura para o setor de biodiesel, permitindo a previsibilidade de produção e organização dos investimentos e negócios. A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) também comemorou a medida, destacando que ela traz segurança jurídica para o setor e acelera o processo de descarbonização do transporte no Brasil.

Com essas medidas, o Brasil reafirma seu compromisso com a redução das emissões de CO2 e o estímulo à produção de biocombustíveis, fortalecendo o setor e impulsionando a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

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