Apesar do resultado positivo, a CNI destaca que o crescimento de 2023 não marca o início de um novo ciclo de desenvolvimento econômico. A entidade atribui esse fato a diversos fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do PIB da agropecuária e a queda nos investimentos produtivos.
No segmento da indústria, as previsões apontam para um crescimento modesto em 2024, com 0,3% na indústria de transformação e 0,7% na indústria da construção. No entanto, esses números representam uma recuperação em relação às quedas verificadas em 2023.
No que diz respeito aos investimentos, a análise da CNI indica que o consumo das famílias terá um aumento de 2,6% em 2023, enquanto o investimento terá uma queda de 3,5%. A entidade alerta que essa redução do investimento pode impactar negativamente o desempenho econômico nos próximos anos, defendendo a necessidade de uma estratégia de médio e longo prazo para garantir taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressalta que o crescimento sustentado da economia está diretamente ligado ao aumento dos investimentos e aponta para a importância de uma agenda voltada para a economia verde, sustentabilidade, pesquisa e inovação, e transformação digital.
No entanto, a entidade não se mostra otimista em relação ao mercado de trabalho, projetando uma alta menor na massa salarial em 2024 em comparação com este ano. Além disso, a avaliação do cenário econômico internacional é de que será pouco favorável, o que pode impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial.
Diante de tais projeções, a CNI destaca a importância de uma estratégia de médio e longo prazo para impulsionar o crescimento econômico e garantir a sustentabilidade dos investimentos.