Adicionalmente, a CNI criticou a sugestão de aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as fintechs, passando de 9% para 15%. Segundo a confederação, essa reforma tributária tornaria o acesso ao crédito ainda mais difícil, especialmente em um cenário já caracterizado por taxas de juros elevadas. O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou que o setor produtivo se encontra sob pressão devido aos altos juros e spreads bancários elevados, e que qualquer encarecimento do crédito tem um impacto direto sobre o consumidor. Alban enfatizou a urgência de reformas que promovam uma verdadeira justiça tributária no Brasil.
O comunicado da CNI também lembrou a colaboração com outras confederações, como a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e a Confederação Nacional do Comércio, ao entregarem propostas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Paris, com o intuito de alcançar um equilíbrio fiscal mais efetivo. A entidade reiterou que a elevação dos tributos, neste momento em que a economia enfrenta juros altíssimos e aumento das importações, pode comprometer ainda mais o crescimento da indústria.
Por fim, a CNI destaca que, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria foi o único dos três principais setores econômicos que teve um recuo em relação ao quarto trimestre do ano anterior. Apesar de um crescimento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB), o setor industrial viu uma queda de 0,1%, o que evidencia a fragilidade do seu desempenho diante da atual crise econômica.