A investigação, que deve durar oito meses, foi solicitada por produtores chineses, que alegam que o aumento das importações tem prejudicado a produção local. Até o momento, a China não adotou medidas preliminares e a tarifa vigente de importação de carne bovina do Brasil continua em 12%.
O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina para a China, com mais de 1 milhão de toneladas exportadas em 2024, representando um aumento de 12,7% em relação ao ano anterior. O governo brasileiro afirmou que vai trabalhar em conjunto com os exportadores nacionais para demonstrar que a carne brasileira não prejudica a indústria chinesa, sendo, na verdade, complementar à produção local.
Em nota conjunta dos ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores do Brasil, o governo reafirmou seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro e buscar soluções benéficas para ambas as partes, respeitando as decisões do principal parceiro comercial do país.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) também se comprometeu a cooperar com as autoridades chinesas e brasileiras, fornecendo esclarecimentos e participando ativamente do processo de investigação. A entidade reafirmou a qualidade e os rigorosos padrões de sanidade e segurança da carne bovina brasileira exportada para a China.
Essa investigação pode impactar significativamente o comércio de carne bovina entre Brasil e China, sendo fundamental uma diplomacia eficaz e uma cooperação entre os dois países para resolver qualquer divergência de interesses e garantir benefícios mútuos nesse importante setor econômico.