É importante ressaltar que essas estatísticas são divulgadas com dois meses de defasagem. Portanto, até o fim de agosto, apenas 28,14% dos 57.100.684 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro do ano passado, haviam resgatado os valores. Ou seja, um total de 16.066.722 beneficiários já receberam o que lhes era devido.
Dentre os correntistas que já retiraram os valores, 15.385.316 são pessoas físicas, enquanto 681.406 são pessoas jurídicas. Por outro lado, ainda há 38.097.190 pessoas físicas e 2.936.772 pessoas jurídicas que não fizeram o resgate.
A maioria dos correntistas que ainda não sacaram os recursos tem direito a pequenas quantias. Mais especificamente, os valores de até R$ 10 concentram 63,04% dos beneficiários. Já os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,12% dos correntistas. Aqueles que têm direito a valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,08% dos clientes. Somente 1,76% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Após quase um ano fora do ar, o SVR foi reaberto em março com melhorias. Agora, os correntistas contam com a possibilidade de imprimir telas e protocolos de solicitação para compartilhar no WhatsApp, além da inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. É importante ressaltar que também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários consultem seus valores no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou fundação da empresa.
Outra melhoria é a possibilidade de consulta a valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa qual instituição é responsável pelo valor e em qual faixa de valor ele se encontra. Além disso, há mais transparência para os correntistas com conta conjunta, pois um dos titulares pode solicitar o resgate de um valor esquecido e o outro, ao acessar o sistema, conseguirá visualizar as informações pertinentes.
Algumas fontes de recursos esquecidos que não estavam presentes nos lotes do ano passado também foram incluídas no SVR. Isso inclui contas de pagamento pré ou pós-pago encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, entre outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
No entanto, apesar dessas melhorias e da importância de resgatar os valores esquecidos, é fundamental que os correntistas estejam atentos a possíveis golpes. O Banco Central alerta para estelionatários que se passam por intermediários para prometer resgates de valores esquecidos. É importante destacar que todos os serviços do SVR são gratuitos e o BC não envia links nem entra em contato para tratar sobre esses valores ou confirmar dados pessoais. Apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode entrar em contato com o correntista. Além disso, o BC solicita que as pessoas não forneçam senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.