Os recursos considerados esquecidos foram transferidos para o Tesouro Nacional no dia 16 de outubro e aguardam a publicação de um edital com novas regras para o saque. Caso o dinheiro não seja requerido nos próximos 25 anos, ele será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.
De acordo com as estatísticas do Sistema de Valores a Receber (SVR), até o fim de novembro, cerca de 27.411.547 correntistas haviam resgatado valores, o que representa apenas 36,15% do total de 75.832.439 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.
Dos correntistas que já resgataram os valores, a maioria é composta por pessoas físicas, representando 25.279.680, enquanto 2.131.867 são pessoas jurídicas. Por outro lado, 44.546.559 pessoas físicas e 3.874.333 pessoas jurídicas ainda não realizaram o resgate.
A maior parte dos correntistas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias, sendo que 64,88% dos beneficiários têm valores a receber de até R$ 10, 23,68% entre R$ 10,01 e R$ 100, 9,68% entre R$ 100,01 e R$ 1 mil e apenas 1,75% têm direito a mais de R$ 1 mil.
Após quase um ano fora do ar, o SVR foi reaberto em março de 2023 com novas fontes de recursos, sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. O repasse ao Tesouro Nacional ocorreu para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027.
O Banco Central alerta os correntistas para terem cuidado com golpes de estelionatários que alegam intermediar os resgates de valores esquecidos. O órgão reforça que todos os serviços do SVR são gratuitos e que as instituições financeiras são as únicas autorizadas a contatar os cidadãos em relação aos valores a receber. É importante ressaltar que nenhum cidadão deve fornecer senhas ou informações pessoais a terceiros.