ECONOMIA – Brasil registra crescimento econômico de 0,1% no terceiro trimestre de 2025, mas ainda enfrenta estagnação no consumo das famílias e no setor de serviços.

No terceiro trimestre de 2025, a economia brasileira apresentou um crescimento modesto de apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior, acumulando uma alta total de 2,5% nos últimos 12 meses. Esses dados revelam um quadro de estagnação quando se observa o período de agosto a setembro, que não registrou nenhuma variação. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O estudo, frequentemente utilizado como um termômetro da economia nacional, analisa o Produto Interno Bruto (PIB), que representa todos os bens e serviços produzidos no país. Os resultados foram ajustados para excluírem variações sazonais, permitindo uma comparação mais precisa entre diferentes períodos. Em termos monetários, o PIB brasileiro foi estimado em R$ 9,370 trilhões até o terceiro trimestre.

Juliana Trece, economista e coordenadora da pesquisa, destacou que os setores de serviços e o consumo das famílias, que representam os principais componentes do PIB, não apresentaram crescimento significativo. A analista apontou que, nos últimos meses, o consumo das famílias, que vinha em ascensão desde 2021, agora apresenta um desvio negativo, com uma expansão de apenas 0,2% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Embora o resultado do trimestre tenha sido levemente positivo, o consumo de bens sofreu uma queda, incluindo tanto os bens duráveis quanto os não duráveis. A situação também se refletiu nos serviços, que, apesar de um crescimento, desaceleraram consideravelmente em relação ao desempenho anterior.

Além disso, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede a capacidade produtiva da economia, apresentou uma retração de 0,4% quando se compara os terceiros trimestres de 2024 e 2025. Esta foi a primeira queda registrada desde janeiro de 2023, sendo impulsionada especialmente pela fraqueza nas indústrias de máquinas e equipamentos.

Por outro lado, as exportações brasileiras mostraram um desempenho positivo, crescendo 7% no mesmo intervalo, a maior alta desde abril de 2024. O setor da indústria extrativa foi um dos principais responsáveis por essa evolução, contribuindo com aproximadamente 44% do aumento total nas exportações.

É relevante comparar esses dados com outros indicadores da atividade econômica, como o índice de atividade econômica do Banco Central, que destacou um recuo de 0,2% entre agosto e setembro e uma queda de 0,9% no terceiro trimestre em comparação ao segundo. Em um panorama mais amplo, a expansão em 12 meses alcançou 3%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é responsável pela divulgação oficial do PIB, com a próxima atualização prevista para 4 de dezembro, quando o mercado e a sociedade aguardam ansiosamente por novos sinais do desempenho econômico do Brasil.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo