ECONOMIA – Brasil registra crescimento de 1,4% no PIB, impulsionado pela agropecuária; alta contínua é a maior desde 2021, aponta IBGE.



O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao quarto trimestre do ano anterior, alcançando a marca de R$ 3 trilhões em valores correntes. Essa expansão foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), refletindo um cenário econômico positivo para o país.

Quando analisado em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi ainda mais expressivo, com uma alta de 2,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Além disso, considerando um período de 12 meses, a economia brasileira apresentou um crescimento acumulado de 3,5%, cifra que indica uma trajetória favorável em termos de recuperação econômica.

A performance no primeiro trimestre teve uma significativa contribuição da agropecuária, que experimentou um aumento de 12,2%. Essa boa fase do setor agrícola é atribuída a condições climáticas benéficas e a expectativas de uma safra recorde de soja, a principal cultura do Brasil. Por outro lado, o setor de serviços, que compõe 70% da economia nacional, também fez sua parte com um crescimento de 0,3%. Porém, a indústria apresentou uma leve retração de 0,1%.

Em detalhes sobre os serviços, as atividades de informação e comunicação se destacaram com um crescimento de 3,0%, seguidas por outras atividades de serviços (0,8%) e atividades imobiliárias (0,8%). As áreas de administração pública, saúde e educação tiveram um crescimento de 0,6%, enquanto o comércio subiu 0,3%. Entretanto, o setor de transportes, armazenagem e correios sofreu uma queda de 0,6%.

Analisando as atividades industriais, o setor de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos teve um crescimento de 1,5%, assim como as indústrias extrativas, que cresceram 2,1%. As indústrias de transformação e a construção civil, porém, enfrentaram quedas de 1% e 0,8%, respectivamente.

Sob a perspectiva da demanda, houve um crescimento de 3,1% na formação bruta de capital fixo, além de um aumento de 2,9% nas exportações de bens e serviços e uma elevação de 1% nas despesas de consumo das famílias. No entanto, as importações de bens e serviços, que comprometem negativamente a conta do PIB, cresceram 5,9%, o que pode sinalizar um desafio adicional para a economia brasileira.

Com esses resultados, o PIB brasileiro já acumula 15 trimestres consecutivos de crescimento desde o terceiro trimestre de 2021 e 17 altas seguidas na comparação anual. O crescimento de 3,5% em 12 meses é o mais alto desde o segundo trimestre de 2023, que registrou 3,8%. Esses números indicam não apenas uma recuperação, mas também a resiliência da economia nacional em face de desafios diversos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo