Fávaro destacou que, desde o início da atual gestão, a abertura de novos mercados foi uma prioridade. Essa estratégia permitiu ao Brasil redirecionar parte de sua produção, que antes era destinada ao mercado americano, mas foi prejudicada pela tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros. O ministro se mostrou otimista, afirmando que o país conseguiu abrir 437 novos mercados nos últimos dois anos e nove meses, um feito inédito que ampliou as opções disponíveis para os exportadores nacionais.
Com a diversificação dos mercados, o impacto do tarifaço norte-americano foi significativamente reduzido. Fávaro enfatizou a importância das ações proativas do governo, que se intensificaram na busca por restabelecer novas relações comerciais multilaterais. Entre os esforços que estão sendo realizados, ele mencionou vários novos acordos bilaterais firmados recentemente, além de negociações em andamento, como o acordo entre Mercosul e União Europeia, que pode resultar na formação do maior bloco econômico do mundo.
O ministro também abordou a necessidade de fortalecer laços com nações que fazem parte do Brics, bem como com países do Oriente Médio e do Sudeste Asiático. Essa ampliação das relações comerciais é vista como um passo essencial para garantir maior estabilidade e diversificação nas exportações brasileiras.
Além das parcerias internacionais, Fávaro destacou que o governo está sempre aberto ao diálogo, tanto no âmbito externo quanto entre o setor privado e a sociedade civil. Essa abordagem tem o objetivo de criar políticas públicas mais eficazes que possam atender melhor às necessidades do mercado.
Por fim, o ministro mencionou que as empresas que apresentam maior dependência do mercado norte-americano estão recebendo um “tratamento diferenciado”. O governo implementou medidas como uma linha de financiamento de R$ 30 bilhões para ajudar as empresas mais afetadas pela alta tarifária. Além disso, mencionou o ressarcimento de valores tributários pagos na exportação e a ativação das compras públicas, com a União adquirindo produtos que deixaram de ser exportados devido às tarifas. Assim, embora o Brasil tenha enfrentado desafios, ações estruturais e estratégicas têm minimizado os impactos negativos, promovendo uma maior resiliência na economia nacional.