Os números projetados indicam uma leve desaceleração nos anos subsequentes, com previsões de 2,2% para 2026 e 2,3% para 2027. Essas taxas são superiores às expectativas do Banco Central do Brasil e da maioria das instituições financeiras. O Banco Central, em seu relatório de política monetária, havia estimado um crescimento de apenas 2% em 2025 e 1,5% em 2026. Da mesma forma, o Boletim Focus, que divulga as expectativas do mercado financeiro, previu um avanço do PIB de 2,16% para 2025 e 1,8% para 2026, evidenciando uma discrepância entre previsões formais e as visões do mercado.
O crescimento do PIB brasileiro em 2024 foi de 3,4%, um número expressivo, mas que agora parece estar sob uma pressão de fatores econômicos que exigem atenção. O Ministério da Fazenda mantém uma perspectiva mais otimista, indicando um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026 em seu Boletim MacroFiscal.
No cenário da América Latina e Caribe, a instituição internacional não apenas destaca o desempenho do Brasil, mas também projeta um crescimento geral de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026 para a região. O Brasil, assim como outros países exportadores de commodities, enfrenta desafios decorrentes da desaceleração econômica global e da queda nos preços dessas matérias-primas. Além disso, o cenário interno é marcado pela necessidade de reformas estruturais urgentes, onde o combate à inflação e a baixa taxa de investimento contribuem para um crescimento mais lento.
Entre os países da região, a Guiana se destaca com uma impressionante projeção de crescimento de 11,8% em 2025, impulsionada pelo seu setor petrolífero florescente. Em contraste, a Bolívia apresenta as piores previsões, com uma queda contínua do PIB nos próximos três anos, destacando a diversidade dos desafios econômicos enfrentados por cada nação.
Esses dados ressaltam a necessidade de um enfoque renovado por parte do Brasil e dos países da América Latina na busca por políticas que fomentem o crescimento sustentável e abordem questões estruturais. As reformas sugeridas pela instituição internacional incluem melhorias na educação, infraestrutura e regulação, aspectos essenciais para incentivar um desenvolvimento econômico mais resistente às variáveis externas.