Em uma coletiva de imprensa realizada recentemente, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que medidas estão sendo desenvolvidas para buscar novos mercados e alternativas que possam compensar a perda de vendas para os Estados Unidos. Ele mencionou que o foco recairá sobre países do Oriente Médio, Sul da Ásia e outras regiões com potencial para absorver a produção brasileira. O ministro reforçou a importância de ações diplomáticas, destacando que a resposta do governo brasileiro será estratégica e proativa.
Fávaro também fez críticas à decisão da Administração Trump, classificando-a como “indecente”. Em função da gravidade da situação, reuniões com organizações representativas dos setores mais atingidos foram realizadas, visando elaborar um plano de ação que ajude a preservar os interesses do agronegócio brasileiro. A colaboração entre os setores produtivos é considerada crucial para enfrentar o desafio que se aproxima.
A nova tarifa de importação pode também resultar em repercussões econômicas aqui no Brasil, como a queda nos preços das commodities agrícolas no mercado interno, uma vez que os produtos afetados poderão ter menos saída para exportação. Especialistas têm alertado que essa condição poderá prejudicar produtores que já enfrentam dificuldades no contexto econômico atual.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) já expressou sua preocupação com a nova política comercial dos EUA. De acordo com cálculos feitos pela entidade, a elevação de custos imposta pela taxa de Trump pode inviabilizar a exportação de carne brasileira para o mercado norte-americano, um dos mais significativos para este setor.
Nesse cenário, a mobilização do Ministério da Agricultura e Pecuária se faz necessária para assegurar que o impacto das tarifas seja minimizado e que a agropecuária brasileira continue a buscar e consolidar novas oportunidades de mercado.