Esta nova adidância será a quinta do tipo criada pela Receita Federal, que já possui postos avançados em outros países, com o objetivo de agilizar processos comerciais e reduzir a burocracia. As primeiras agências foram estabelecidas em 2000 nas cidades de Washington e Buenos Aires, seguidas pelas inaugurações em Assunção e Montevidéu em 2002. A iniciativa reflete o reconhecimento da importância do comércio bilateral e a necessidade de uma presença mais robusta no principal parceiro comercial do Brasil desde 2009.
A criação da adidância na China vai proporcionar diversos benefícios, como um melhor entendimento das legislações de ambos os países, a diminuição de obstáculos burocráticos e o impulso ao comércio bilateral. Além desses aspectos, o Ministério da Fazenda destacou que essa unidade terá um papel significativo na redução de práticas ilícitas que afetam o comércio, incluindo o combate à evasão fiscal e ao contrabando. A troca de informações e experiências entre as duas nações também será uma prioridade.
A discussão sobre a criação da nova adidância ocorreu de maneira interna ao governo brasileiro ao longo dos últimos dois anos, envolvendo a análise de diversos órgãos e ministérios. Este modelo de operação se alinha com outras iniciativas recentes de cooperação entre Brasil e China. Um exemplo marcante foi a assinatura, no início do mês, de um memorando para o desenvolvimento de estudos sobre um corredor ferroviário que conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, integrando ferrovias brasileiras à futura linha que ligará Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, ao porto de Chanclay, no Peru.
Assim, a criação dessa nova agência na China simboliza não apenas um avanço nas relações comerciais entre os dois países, como também uma estratégia que visa enfrentar os desafios do comércio internacional, promovendo um ambiente mais seguro e eficiente para o intercâmbio de bens e serviços.