Essa já é a sétima alta consecutiva do principal índice da B3, que, nos últimos sete dias de negociação, acumulou um ganho expressivo de 3,23%. Contudo, essa euforia no mercado não se refletiu na cotação do dólar, que teve um aumento notável ao finalizar o dia cotado a R$ 5,38, com alta de 0,42%. Durante a manhã, o valor da moeda chegou a bater R$ 5,39, mas desacelerou ao longo do dia.
Analisando os números, percebemos que, neste mês de outubro, o dólar comercial acumulou um aumento de 1,09%, embora apresente uma queda de 0,21% na semana. Em um recorte mais amplo, a moeda estadunidense acumulou uma diminuição de 12,95% em relação ao ano de 2025.
Parte das movimentações de hoje no mercado podem ser atribuídas à repercussão de declarações do presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Jerome Powell. Em sua fala após a reunião do comitê, onde os juros foram reduzidos em 0,25 ponto percentual, Powell deixou a dúvida no ar sobre novos cortes, o que levou a uma correção no valor do dólar em escala global. Essa incerteza fez com que investidores buscassem refúgio em ativos mais seguros, refletindo preocupações sobre a situação econômica em economias emergentes, como o Brasil.
No campo nacional, a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) trouxe um dado que, embora favorável, também gerou reflexões sobre futuras ações do Banco Central. O Caged revelou a criação de 213 mil postos de trabalho formais em setembro, número que, apesar de uma queda de 15,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, superou as expectativas do mercado. Esse avanço no mercado de trabalho elevou, no entanto, as preocupações de que um aumento nas vagas possa levar o BC a postergar o corte na Taxa Selic, uma vez que a manutenção de juros altos desvia investimentos da bolsa para opções de renda fixa, como os títulos do Tesouro.
Esses movimentos demonstram um cenário complexo e dinâmico, onde os investidores continuam a navegar entre expectativas e incertezas, tanto localmente quanto globalmente.
 
  
 








