Os recursos do fundo serão destinados a investimentos em diversas tecnologias, como geração de energia renovável, armazenamento, eletromobilidade, combustíveis sustentáveis e captura e estocagem de carbono. Para que as startups possam ser consideradas para o recebimento dos investimentos, elas devem ter soluções validadas e um início de receitas recorrentes, abrangendo desde a fase Seed até a Série B.
O modelo financeiro do fundo prevê aportes significativos por parte das instituições envolvidas: a Petrobras está preparada para investir até R$ 250 milhões, limitando-se a 49% do total do fundo; o BNDES, por sua vez, contribuirá com até R$ 125 milhões, ou seja, 25% do montante; enquanto a Finep destinará R$ 60 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Somando os investidores âncora, o total de investimentos pode alcançar até R$ 500 milhões.
Os interessados passarão por um processo de seleção que deve ser finalizado em outubro deste ano, com a expectativa de que as operações do fundo tenham início no primeiro semestre de 2026. O fundo terá um prazo total de até 12 anos para operar.
Esse movimento faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica estabelecido em junho de 2023, que visa criar uma Comissão Mista BNDES-Petrobras focada nas áreas de petróleo e gás, com ênfase em pesquisa científica, transição energética e governança produtiva. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que a criação do fundo está em sintonia com a missão da Nova Indústria Brasil, que busca impulsionar a bioeconomia e garantir que os recursos naturais sejam preservados para as futuras gerações.
“Investir na transição climática, através da inovação, é assegurar um futuro sustentável e resiliente”, afirmou Mercadante. A implementação desse fundo se alinha a uma necessidade crescente no mercado, que demanda investimentos focados em inovação e sustentabilidade. Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou que o programa CVC aproxima a companhia do ecossistema de inovação e solidifica sua posição como líder na transição energética.
Por fim, Marcio Stefanni, diretor financeiro da Finep, enfatizou a importância do aumento do protagonismo da indústria no PIB nacional e a carência de fundos voltados para esse tipo de projeto, sugerindo que a colaboração entre as instituições impulsionará soluções adequadas às demandas do mercado. As iniciativas trazidas por esse novo módulo visam intensificar a conexão com o ecossistema de inovação, engrandecendo a relação entre universidades, startups e o setor produtivo.
