ECONOMIA – BNDES e MMA anunciam entidades selecionadas para gerir projetos de restauração na Amazônia em iniciativa do Arco da Restauração.


Nesta quarta-feira, 22 de maio, em que se celebra o Dia Internacional da Biodiversidade, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA) divulgaram os resultados do edital Restaura Amazônia. O anúncio das três entidades escolhidas para gerir os projetos de reconstrução da floresta faz parte do programa Arco da Restauração, que visa trabalhar em áreas extensas que foram desmatadas e degradadas.

Com um investimento de R$ 450 milhões oriundos do Fundo Amazônia, as entidades selecionadas para atuar em três grandes regiões da Amazônia são o Ibam, responsável pelos estados do Acre, Amazonas e Rondônia; a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), que atuará no Tocantins e em Mato Grosso; e a CI Brasil, que desenvolverá seus projetos no Pará e Maranhão. Essas instituições foram designadas como “parceiras gestoras” do BNDES, devendo seguir as diretrizes estabelecidas pelo banco e pelo MMA para apoiar a seleção e execução de projetos nas respectivas regiões.

O Arco da Restauração focará, principalmente, em projetos de recuperação ecológica e produtiva voltados para unidades de conservação, terras indígenas, áreas de preservação permanente, corredores ecológicos e outras áreas de importância ambiental na Amazônia. O objetivo ambicioso é restaurar 24 milhões de hectares na região até 2050, com a primeira fase do edital Restaura Amazônia visando a recuperação de 6 milhões de hectares até 2030, o que resultará na captura de 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do projeto, ressaltando a necessidade de restauração da floresta como forma de combater o desmatamento e preservar o ecossistema. Ele enfatizou a tecnologia, a mobilização e a vontade política como fundamentais para o sucesso da iniciativa. As instituições selecionadas demonstraram experiência e capacidade para atuarem como parceiros gestores na Amazônia Legal e agora iniciarão o processo de seleção dos projetos de restauração em suas respectivas regiões.

Com um planejamento de investimentos de cerca de R$ 200 bilhões nas próximas décadas, o Arco da Restauração tem o potencial de gerar até 10 milhões de empregos na Amazônia, contribuindo significativamente para o desenvolvimento sustentável da região. O Fundo Amazônia, criado em 2008, já apoiou mais de 100 projetos com um investimento total de R$ 2,1 bilhões, beneficiando comunidades locais, terras indígenas e unidades de conservação na região amazônica.

A restauração da Amazônia é um processo fundamental para a mitigação das mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e a promoção do desenvolvimento econômico sustentável na região. A junção de esforços entre o setor público e organizações da sociedade civil é essencial para alcançar os objetivos ambiciosos do Arco da Restauração e garantir um futuro mais verde e próspero para a maior floresta tropical do mundo.

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