Um total de 56 planos de negócios foi selecionado para avançar à próxima etapa, que envolve a elaboração do Plano de Suporte Conjunto (PSC), somando um montante impressionante de R$ 45,8 bilhões. Esses recursos refletem a crescente demanda por materiais críticos que sustentam as indústrias voltadas para a economia verde e de baixo carbono.
Dentre as regiões brasileiras, o Nordeste despontou como a principal beneficiada, representando 41% do total de investimentos, distribuídos em 13 projetos que correspondem a 23% do total. Juntas, as regiões Norte e Nordeste foram responsáveis por 32% do número total de projetos selecionados, enquanto o valor investido nessas áreas corresponde a 56% do montante aprovado. Minas Gerais liderou a lista dos estados com 20 projetos selecionados, reunindo 35% do investimento total. Na sequência, a Bahia apresentou 9 projetos, com 25% do total.
Os planos escolhidos agora terão acesso a instrumentos financeiros do BNDES e da Finep, que poderão ajudar na execução dos empreendimentos. Esta chamada pública, que foi aberta em janeiro deste ano, atraiu 124 propostas de empresas e consórcios que buscam desenvolver soluções inovadoras para a demanda crescente por matérias-primas críticas. Cada proposta deveria apresentar um Plano de Negócio com pedido de financiamento superior a R$ 20 milhões.
A relevância desses minerais vai além da economia local; eles são peças-chave em uma corrida global por tecnologias que atendem novas indústrias, incluindo a produção de baterias para veículos elétricos. O Brasil tem oportunidades únicas para se estabelecer como um grande produtor desses materiais, com práticas de produção que minimizam as emissões de carbono. Nesse contexto, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que apoiar esses investimentos está alinhado à diretriz do governo de promover a autonomia tecnológica e a sustentabilidade ambiental, posicionando o Brasil como um protagonista na economia de baixo carbono. Elias Ramos, presidente da Finep, acrescentou que essa iniciativa reforça a capacidade do país de liderar no cenário global de tecnologias sustentáveis.