O Programa BNDES Emergencial visa atender empresas e empreendedores de regiões atingidas por eventos climáticos extremos, especialmente aqueles que tiveram perdas materiais significativas. Criado em 2010, o Fundo Social conta com recursos oriundos da exploração e produção de petróleo e gás natural em áreas do pré-sal.
A alocação dos R$ 15 bilhões do Fundo Social foi estrategicamente dividida em dois orçamentos: R$ 7,85 bilhões foram destinados para apoio direto a empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões, enquanto R$ 7,159 bilhões foram direcionados para apoio indireto. Este último orçamento é operacionalizado via uma rede de bancos privados, públicos, cooperativas de crédito e outros agentes financeiros atuantes no estado.
De acordo com dados divulgados pelo BNDES, a execução do orçamento destinado à modalidade indireta já está em ritmo avançado. Até o momento, aproximadamente R$ 4,3 bilhões dos R$ 7,1 bilhões previstos para micro, pequenas e médias empresas foram executados, favorecendo majoritariamente o setor de comércio e serviços.
No tocante às operações diretas, o BNDES também confirmou novas aprovações nas últimas semanas, especialmente no setor de infraestrutura. Essas aprovações visam a reativação e reconstrução das redes de energia e transporte, incluindo infraestrutura rodoviária e aeroportuária. A complexidade dessas operações demanda uma análise mais detalhada, devido ao volume expressivo de recursos e ao impacto econômico significativo.
Ainda segundo o balanço, a maior parte dos recursos do programa foi canalizada para linhas de crédito de Capital de Giro, atingindo cerca de R$ 4,1 bilhões. Estes créditos emergenciais auxiliaram empresas gaúchas a enfrentar necessidades imediatas de liquidez, permitindo o pagamento de salários, aquisição de insumos, quitação de fornecedores e manutenção de empregos. Além disso, foram aprovados R$ 623 milhões para a linha de crédito Máquinas e Equipamentos e mais de R$ 86,5 milhões para a linha de Investimento e Reconstrução.
Somando-se os R$ 4,8 bilhões autorizados pelo Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul com outros R$ 1,6 bilhão em suspensão de pagamentos e R$ 2,1 bilhões em crédito pelo Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC), o total mobilizado pelo BNDES para as empresas gaúchas atingidas pela tragédia climática alcança a marca de R$ 8,5 bilhões. Essa soma reflete o empenho do banco em prover suporte financeiro robusto para a recuperação econômica da região.