Segundo o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos da instituição financeira, Nelson Barbosa, o estudo é público e os donos dos imóveis podem procurar o BNDES ou o banco pode procurá-los para propor a estruturação de projetos. O foco principal do projeto é a revitalização do centro da cidade, tornando-o mais habitável, verde e atrativo, inspirado em experiências nacionais e internacionais.
Atualmente, o centro da capital recebe 800 mil usuários por dia, mas tem menos de 50 mil moradores. O projeto não se limita ao centro histórico, estendendo sua visão transformadora para três regiões administrativas: a região portuária (Saúde, Gamboa, Santo Cristo e Caju) e a região entorno da Avenida Francisco Bicalho, abarcando a Estação Leopoldina, desativada desde 2002.
O projeto propõe quatro categorias de imóveis: âncoras do território, reforço a atividades, “acupuntura urbana” e retrofit ou reconversão imobiliária. Está prevista a intervenção em diversos locais da região central da cidade, incluindo a Praça da Cruz Vermelha, terreno do Instituto Nacional do Câncer, ruas do Lavradio, Arcos, Acre, Buenos Aires, Visconde de Inhaúma, entre outros.
Além das intervenções imobiliárias, a iniciativa não esquece da necessidade de adaptação climática, com propostas de sombreamento de vias, espaços verdes, drenagem eficiente de águas pluviais e infraestrutura sustentável.
O objetivo final do projeto é transformar espaços vazios, que atualmente degradam a região central, em áreas dinâmicas e pulsantes, proporcionando uma mudança significativa no cenário urbano do Rio de Janeiro e revertendo a tendência de esvaziamento populacional e degradação da região central da cidade.