O calendário dos leilões de petróleo está sendo elaborado em conjunto pela PPSA e o MME, visando oferecer maior previsibilidade ao mercado. Os dois primeiros leilões para a venda do petróleo da União estão agendados para julho deste ano e abril de 2025. Os demais leilões acontecerão a partir do quarto trimestre de 2025, enquanto a possibilidade de um leilão exclusivo de gás também está sendo considerada, com data ainda não determinada.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é crucial utilizar os recursos provenientes do petróleo e gás da União para garantir investimentos em áreas fundamentais como saúde, educação e transição energética, por meio do Fundo Social.
A diretora Técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, anunciou que o leilão de julho será destinado à comercialização das cargas de Mero e Búzios de 2025. O edital com todas as informações relevantes para o leilão será lançado ainda esse mês, com o evento programado para o dia 31 de julho. Loureiro está atualmente em Houston, Texas, onde participará da Offshore Tecnology Conference (OTC) no próximo dia 8, abordando as perspectivas do setor offshore no Brasil.
Os volumes de óleo disponíveis em cada um dos leilões estão sendo definidos para oferecer previsibilidade aos compradores. Com a expectativa de um expressivo aumento na produção da União nos próximos anos, as empresas interessadas em adquirir o petróleo terão que planejar a logística para o offloading, ressaltou o diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, Samir Awad.
Estima-se que a produção de petróleo e gás natural da União terá um significativo aumento nos próximos anos, alcançando números impressionantes. A produção de petróleo deverá passar de 50 mil barris por dia para 564 mil barris por dia em 2029, enquanto a produção de gás natural também terá um crescimento considerável, podendo atingir até 3,5 milhões de metros cúbicos em 2029.
A PPSA já realizou três leilões de petróleo na B3, sendo o mais recente em novembro de 2021, onde foram comercializadas as produções de longo prazo da União. Desde então, a União também passou a contar com a produção de petróleo em Sépia e Atapu, sendo essas comercializadas por meio de consulta direta ao mercado, conforme divulgado pela assessoria de imprensa da PPSA.