No último trimestre de 2023, houve um aumento de 0,22% no IBC-Br, uma recuperação considerável em comparação ao trimestre anterior, que registrou uma queda de 0,64%. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, o crescimento foi de 1,8%.
No mês de dezembro de 2023, o IBC-Br registrou um aumento de 0,82%, atingindo 147,63 pontos. Em comparação com o mesmo mês de 2022, houve um crescimento de 1,36%.
O IBC-Br é um indicador que auxilia o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano. O índice leva em consideração informações sobre os níveis de atividade em diferentes setores da economia, assim como o volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. A redução da Selic tende a tornar o crédito mais barato, estimulando a produção e o consumo, ao passo que o aumento da taxa tem o objetivo de conter a demanda aquecida, o que impacta os preços ao encarecer o crédito e incentivar a poupança.
O comportamento dos preços levou o Banco Central a cortar os juros pela quinta vez consecutiva, indicando que esse ritmo de redução é apropriado para manter a política monetária necessária para o processo de desinflação. A mudança na taxa de juros tem o intuito de equilibrar a inflação e estimular a atividade econômica.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br possui uma metodologia diferente, sendo um indicador que contribui para a elaboração de estratégia da política monetária, embora não seja uma prévia exata do PIB.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2023 em comparação ao trimestre anterior, totalizando uma alta acumulada de 3,2% nos primeiros nove meses do ano. Com esses resultados, o PIB está 7,2% acima do nível de antes da pandemia, no último trimestre de 2019.
Os dados do quarto trimestre de 2023, que consolidarão o resultado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março. Em 2022, o PIB do Brasil teve um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.