Atividade Econômica do Brasil Apresenta Crescimento no Segundo Trimestre, Informa Banco Central
A atividade econômica do Brasil apresentou crescimento significativo no segundo trimestre deste ano. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 16, pelo Banco Central (BC), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um aumento de 1,1% entre abril e junho, comparado ao trimestre anterior (janeiro a março), conforme informações dessazonalizadas.
Esse crescimento não se restringe apenas ao comparativo trimestral. Em relação ao segundo trimestre de 2023, o aumento é ainda mais expressivo, alcançando 2,8%, sem ajuste dessazonalizado, uma vez que a comparação é feita entre meses idênticos.
Focando exclusivamente no desempenho do mês de junho, o IBC-Br subiu 1,4% em relação a maio, atingindo 152,09 pontos, também considerando os dados dessazonalizados. Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 3,2%, sem ajustes sazonais. No acumulado do ano, o indicador registrou um crescimento positivo de 2,1%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 1,6%.
O IBC-Br é uma ferramenta utilizada pelo BC para avaliar a evolução da atividade econômica do país e serve como um dos parâmetros para as decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O índice integra informações de diversos setores econômicos, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além de considerar o volume de impostos arrecadados.
A taxa Selic tem um papel crucial na economia, pois é utilizada nas negociações de títulos públicos e funciona como referência para as demais taxas de juros praticadas no mercado. Aumentar a Selic é uma medida usada para conter a demanda aquecida e, consequentemente, combater a inflação, encarecendo o crédito e estimulando a poupança. Por outro lado, menores taxas de juros barateiam o crédito, incentivando a produção e o consumo, mas podem dificultar o controle da inflação.
É importante destacar que, embora o IBC-Br seja divulgado mensalmente, sua metodologia difere da utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. O BC ressalta que o IBC-Br é uma contribuição para a formulação de estratégias de política monetária e não deve ser visto como uma prévia do PIB.
No primeiro trimestre deste ano, o IBC-Br havia crescido 2,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao último trimestre de 2023, o PIB registrou um aumento de 0,8%. A divulgação oficial do PIB para o segundo trimestre será realizada pelo IBGE no dia 3 de setembro.
Superando expectativas, a economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, totalizando R$ 10,9 trilhões. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%, confirmando um cenário de desempenho econômico vigoroso, apesar dos desafios enfrentados pelo país.
