ECONOMIA – Atividade econômica brasileira apresenta queda em agosto, aponta Banco Central



A atividade econômica brasileira registrou uma queda de 0,77% no mês de agosto em comparação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) atingiu 152,04 pontos no referido mês. Apesar dessa queda mensal, houve um crescimento de 1,28% em relação a agosto do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador apresentou um resultado positivo de 2,82%.

É importante ressaltar que nos meses de junho e julho, o IBC-Br havia apresentado uma alta, após uma retração em maio, o que demonstrava uma recuperação da atividade econômica do país. Esse índice é utilizado pelo Banco Central como uma forma de avaliar a evolução da economia brasileira e auxiliar na tomada de decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 12,75% ao ano. O IBC-Br incorpora informações sobre diferentes setores da economia, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

A taxa básica de juros, Selic, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. Ao aumentar a taxa básica de juros, o objetivo é conter o aquecimento da demanda e, consequentemente, impactar os preços, uma vez que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. No entanto, taxas mais altas podem dificultar a expansão da economia. O comportamento dos preços levou o BC a cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que se espera ter novas reduções nos próximos encontros.

A inflação, que estava em queda no primeiro semestre, voltou a subir na segunda metade do ano, o que já era esperado por economistas. Diante desse cenário, o Copom reforçou a necessidade de manter uma política monetária contracionista, visando a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025, além da ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta são fatores que preocupam o BC na definição da taxa básica de juros.

É importante destacar que o IBC-Br não é uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. O PIB é calculado trimestralmente e tem como objetivo medir a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% em relação aos três primeiros meses do ano, e um avanço de 3,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB apresentou uma alta de 3,2%, e no primeiro semestre de 2023, a alta registrada foi de 3,7%.

Os números do PIB em 2022 mostraram um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 9,9 trilhões. Esses dados são fundamentais para compreender a dinâmica da economia brasileira e as perspectivas de crescimento do país.

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