O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,077, com uma alta de R$ 0,07 (+1,41%). Essa elevação foi desencadeada pelos dados de inflação divulgados nos Estados Unidos, que surpreenderam o mercado. No momento de maior tensão, a moeda chegou a ser vendida a R$ 5,08, sinalizando uma instabilidade que não era vista desde outubro do ano passado.
Além disso, o mercado de ações também sentiu os reflexos dessa turbulência. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia em 128.054 pontos, com uma queda de 1,41%. Essa queda acompanhou o comportamento das principais bolsas internacionais, que também foram impactadas pela inflação norte-americana.
A inflação nos Estados Unidos, que atingiu 0,4% em março, reduziu as expectativas de um corte das taxas de juros básicas pelo Federal Reserve, o Banco Central norte-americano. Esse cenário de taxas mais altas em economias avançadas incentiva a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa.
Mesmo com a desaceleração da inflação brasileira em março, com o IPCA atingindo 0,16%, o mercado financeiro nacional não conseguiu se recuperar da instabilidade trazida pela alta nos Estados Unidos. Esse contexto coloca os investidores em alerta e deixa o cenário econômico global em um período de indefinição e nervosismo.