O encontro se realizou nas dependências do ministério em Brasília, mas seu conteúdo específico não foi divulgado. O Ministério do Desenvolvimento apenas indicou que as conversas abordaram o estado das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, em um momento crítico de negociações comerciais, gerando expectativa sobre possíveis desdobramentos.
Gabriel Escobar, sendo o principal canal de comunicação do governo dos EUA com o Brasil, destacou-se ainda mais neste período conturbado. Desde a saída da embaixadora Elizabeth Bagley em janeiro, a falta de um embaixador oficial por parte do governo Biden tem gerado certa imprevisibilidade nas relações. O dia da reunião também foi marcado por compromissos anteriores de Escobar, que se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad, e posteriormente visitou a Câmara dos Deputados, enfatizando a urgência dos diálogos.
A imposição da tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, que começou a vigorar no dia 6 de setembro, afeta 35,9% das exportações do Brasil para os EUA. Enquanto isso, aproximadamente 44,6% das mercadorias foram isentadas, mantendo uma tarifa de apenas 10%. Produtos como suco de laranja, aeronaves, petróleo, veículos e fertilizantes permanecerão sem a sobretaxa, ao passo que a carne e o café sofrerão com a nova tarifa elevada.
Em resposta a essa situação, o governo brasileiro está elaborando um plano de contingência para apoiar os setores econômicos mais impactados pela nova tarifa. Embora os detalhes da proposta ainda não tenham sido formalmente anunciados, é claro que a situação demanda atenção e ação estratégica para mitigar os efeitos adversos sobre a economia nacional.