ECONOMIA – “AGU Solicita Bloqueio de Bens de Empresas e Pessoas Envolvidas em Fraudes no INSS, Totalizando R$ 23,8 Milhões em Descontos Irregulares”



A Advocacia-Geral da União (AGU) intensificou suas ações na Justiça Federal ao solicitar o bloqueio de bens de mais seis empresas e oito indivíduos envolvidos em uma investigação por descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida foi cuidadosamente planejada e acompanha um pedido anterior protocolado um dia antes, com o intuito de incluir novos réus na ação cautelar que já estava em andamento.

O pedido de bloqueio coincide com uma orientação da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou a necessidade de abrangência adicional nas investigações. A solicitação, embasada na Lei nº 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção, não se limita ao congelamento de bens, mas também requer a suspensão dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos. As empresas e seus sócios estão sendo acusados de agir como intermediários na transferência de valores indevidos a funcionários públicos vinculados ao INSS, com estimativas que indicam um montante total de R$ 23,8 milhões que teria sido indevidamente repassado.

Na argumentação apresentada, a AGU enfatiza que há indícios substanciais de que as entidades estejam diretamente ligadas à manipulação financeira que sustentava um esquema criminoso. Esse esquema operava por meio do repasse de valores que haviam sido descontados de forma indevida e que culminava no pagamento de vantagens ilícitas a agentes públicos. A AGU sustenta que as pessoas jurídicas foram utilizadas como instrumentos para realizar práticas ilícitas de natureza penal, administrativa e civil, servindo como meios para promover o desvio de recursos que deveriam beneficiar os aposentados e pensionistas.

Além disso, a AGU também iniciou um procedimento preparatório para mover uma ação de improbidade administrativa contra os agentes públicos envolvidos, no contexto da Operação Sem Desconto. A série de ações da AGU reflete um esforço colaborativo de diversos órgãos visando o combate à corrupção e a proteção dos direitos dos beneficiários do INSS.

Na petição inicial da ação cautelar, o órgão já havia solicitado não apenas o bloqueio dos R$ 23,8 milhões, mas também a indisponibilidade de bens móveis e imóveis avaliados em R$ 2,56 bilhões, além da quebra de sigilos bancário e fiscal de doze entidades e seus dirigentes, reforçando a seriedade das investigações em curso.

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